Psiquiatra Infantil é um médico especializado em saúde mental de crianças e adolescentes é. Esse profissional dedica-se a diagnosticar, tratar e prevenir transtornos mentais nessa faixa etária. Sua formação abrange seis anos de medicina, 2 anos de psiquiatria geral (especialidade médica) e 2 anos de Psiquiatrita da Infância e Adolescência (especialização em psiquiatria, com foco no desenvolvimento e comportamento típicos da infância e adolescência.)
O que um psiquiatra infantil faz:
- Diagnóstico e tratamento: Ele identifica e trata condições como depressão, ansiedade, transtorno do espectro autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), transtornos alimentares e outros.
- Avaliação completa: O psiquiatra realiza avaliações detalhadas, considerando os aspectos emocionais, cognitivos, comportamentais, sociais, genéticos, ambientais e a história da criança.
- Suporte familiar: Ele oferece orientação aos pais e familiares sobre como abordar as questões de saúde mental infantil, buscando criar um ambiente familiar mais acolhedor e de apoio.
- Intervenção precoce: O profissional busca identificar os primeiros sinais de problemas de saúde mental e agir para evitar complicações e promover um desenvolvimento saudável.

Quando é recomendado procurar um psiquiatra infantil?
- Alterações importantes no humor.
- Comportamento desafiador ou impulsivo.
- Dificuldades para dormir ou se alimentar.
- Problemas persistentes na escola ou queda no rendimento escolar.
- Comportamentos de automutilação ou ideação suicida.
- Histórico familiar de transtornos mentais.

Exemplos de situações que podem necessitar da avaliação de um psiquiatra infantil:
- Uma criança com dificuldade em controlar suas emoções e que demonstra agressividade.
- Uma criança que apresenta medos exagerados ou ansiedade intensa.
- Uma criança com queixas físicas frequentes, como dores de cabeça ou de barriga, sem uma causa médica definida.

Por que o psiquiatra infantil é importante?
- Ajuda crianças e adolescentes a enfrentar problemas de saúde mental.
- Promove um desenvolvimento saudável e o bem-estar emocional.
- Facilita a adaptação e a participação social.
- Previne o surgimento de problemas mais sérios no futuro.

Frequência de transtornos mentais dobra entre a infância e a adolescência
No mundo, 293 milhões de pessoas com idade entre 5 e 24 anos tinham sintoma de ansiedade, depressão ou outros problemas psiquiátricos em 2019


- Duplicação da Frequência: A principal constatação da pesquisa é que a frequência de transtornos mentais praticamente dobra ao longo da transição da infância para a adolescência e o início da vida adulta.
- Dados Globais: O estudo analisou dados de 159 países, abrangendo um período de 30 anos, de 1990 a 2019. Isso confere uma perspectiva global e temporal robusta às conclusões.
- Magnitude do Problema: Em 2019, impressionantes 293 milhões de indivíduos com idade entre 5 e 24 anos apresentavam sintomas relacionados a ansiedade, depressão ou outros transtornos psiquiátricos.
- Liderança da Pesquisa: O estudo foi liderado pelo renomado psiquiatra Christian Kieling, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
- Prevalência em 2019: A análise dos dados revelou que, em 2019, aproximadamente 11,6% da população mundial na faixa etária de 5 a 24 anos sofria de um dos 11 transtornos mentais específicos avaliados na pesquisa.
- Manifestação Precoce: A pesquisa enfatiza que os transtornos mentais não são exclusividade da adolescência ou vida adulta, mas se manifestam desde a infância. Contudo, é na adolescência e no início da vida adulta que esses transtornos se tornam mais comuns e podem gerar um impacto mais significativo na vida dos indivíduos.
- Lacuna em Estudos Anteriores: Christian Kieling aponta que muitos estudos anteriores tendiam a focar em faixas etárias mais avançadas. Essa abordagem, segundo ele, poderia levar a uma subestimação da real prevalência dos transtornos mentais, pois não capturava a menor frequência observada nos anos iniciais de manifestação.
- Implicações para a Saúde Pública: A pesquisa sublinha a importância de reconhecer e abordar a saúde mental desde a infância e adolescência. A identificação e intervenção precoces podem ser cruciais para mitigar o impacto desses transtornos no desenvolvimento e bem-estar dos jovens.
